sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Criar cães e crianças juntos é sinônimo de amor


Criar os peludinhos junto às crianças é benéfico tanto para um quanto para o outro. Segundo Carri Westgarth, líder do projeto da Universidade de Liverpool que estuda os efeitos comportamentais, educacionais e emocionais da criação dos pequenos junto aos pets, "qualquer um que cresceu com um animal de estimação e o amou sente o valor dessa convivência”.

Mas não para por aí... É possível notar que uma criança que tem contato com cães desde os primeiros dias de vida é muito menos medrosa do que aquela que só vê os bichinhos esporadicamente.

"Minha irmã mais nova tem seis meses de idade e ela ama cachorros, acho que isso se dá muito porque nossa irmã mais velha é apaixonada pelo Paçoca [seu filho pet]", conta o estudante Victor Araujo, 17 anos.

O Paçoca é um vira-lata de porte médio/grande, que pesa 16 quilos. Victor expôs que ele é bem bruto e pula em cima de todo mundo, mas com a Pietra, sua irmãzinha, é bem diferente: "Ele é dócil, carinhoso. Dá uns cheirinhos, oferece a patinha e lambe, bem devagarzinho".


Já a bebê gargalha olhando para o amigão, que chega a ser três vezes maior que ela. A Pietra fica até chateada quando abana os bracinhos e grita para chamar o Paçoca e ele não olha.

Bem diferente de sua irmã, o priminho do estudante, de cinco anos, morre de medo dos peludinhos. "Ele nunca teve um trauma com cachorros, nem sei de onde veio esse pavor todo, provavelmente porque ele não cresceu convivendo com um".


O pediatra José Rodrigues explica que as crianças não nascem com medos, que isso é adquirido através dos pais e familiares com quem convivem. "Se aquele parente próximo demonstra receio quando um cachorro se aproxima do bebê, ele vai sentir medo. Se ele vê que a mãe, por exemplo, gosta muito, brinca, até beija um cãozinho, ele vai gostar também", explica o médico.


"Então, se você convive com uma criança, evite demonstrar medo quando um cachorro se aproximar. Claro, tome os devidos cuidados, mas aja naturalmente, porque o bebê absorve aquilo que vê e o amor é sempre a melhor opção", finaliza o doutor.

Texto de Fernanda Uehara/Portauau

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